Recentemente, um Boeing 787-8 da Air India sofreu um acidente logo após decolar de Ahmedabad. Segundo um relatório preliminar de investigação, os interruptores de controle de combustível dos dois motores do voo foram desligados, um após o outro, em menos de um segundo, fazendo com que os motores perdessem a potência. Embora os pilotos tenham tentado reiniciar o sistema de controle de combustível, a aeronave já estava fora de controle e acabou caindo em uma área residencial, resultando em 260 mortes, tornando-se um dos acidentes aéreos mais graves do mundo na última década.
O voo partiu de Ahmedabad com destino a Londres, transportando 242 passageiros e membros da tripulação. O acidente de avião afetou também as residências no solo, resultando em 19 mortes, com apenas uma sobrevivente. Segundo o relatório da Autoridade de Investigação de Acidentes aéreos da Índia (AAIB), a aeronave perdeu gradualmente potência após a decolagem, acionando automaticamente o sistema de geração de energia de emergência Turbina de ar comprimido (RAT), que indicou que o motor principal não conseguia fornecer potência suficiente.
Os registros da caixa-preta revelam que, no momento do acidente, houve uma discussão na cabine de pilotagem. Um dos pilotos questionou o outro sobre o motivo de ter fechado o fornecimento de combustível, ao que o outro respondeu afirmando que não tinha realizado essa operação. Embora o interruptor de combustível tenha sido reativado e tenha havido sinais de reinício do motor do avião, a queda já era irreversível.
O relatório de análise revela que ambos os pilotos possuem uma rica experiência de voo. O comandante Sumeet Sabharwal, de 56 anos, conta com 15.638 horas de voo e é instrutor de aviação da Air India. O co-piloto Clive Kunder, com apenas 32 anos, também acumula 3.403 horas de voo. O relatório não conseguiu determinar qual piloto executou ou ordenou o fechamento da chave de combustível, nem declara quem enviou o último Dia do Trabalhador sinal de socorro.
Especialistas em aviação expressaram dúvidas sobre a causa raiz desse incidente, sugerindo que pode estar ligado a um erro humano. O consultor de segurança da aviação dos Estados Unidos, John Nance, destacou que os dois interruptores de combustível foram desativados em um intervalo de tempo muito curto, o que provavelmente indica uma ação humana, e não uma falha do sistema. Ele enfatizou que os pilotos geralmente só desligam o fornecimento de combustível em caso de incêndio no motor ou quando a aeronave está em solo, e não durante a fase de decolagem.
O relatório menciona que ambos os interruptores de combustível no local da queda permaneceram na posição de operação, indicando que a tripulação tentou salvar a aeronave. Os especialistas analisam que, mesmo que o motor fosse reativado, já teria sido perdido o melhor momento para a recuperação. Durante todo o processo de voo, não foi registrado nenhum fator que pudesse ser interpretado como uma emergência que justificasse o desligamento do fornecimento de combustível.
A Air India já recebeu o relatório da investigação e afirmou que está colaborando plenamente com as autoridades relevantes. Embora a Boeing e o fabricante de motores GE Aerospace também estejam envolvidos no incidente, o relatório preliminar não indica que eles tenham responsabilidade direta. A Comissão Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB) e a Administração Federal de Aviação (FAA) também declararam que irão manter uma estreita colaboração com o lado indiano para auxiliar na investigação das causas do acidente e tratar os riscos potenciais.
Atualmente, a AAIB ainda está investigando mais a fundo os registros dos sistemas da aeronave, os registros de manutenção e os procedimentos operacionais dos pilotos, com o objetivo de esclarecer completamente a verdade por trás do acidente e determinar se houve erro humano ou falhas no sistema.



