A Copa do Mundo de Clubes está sendo realizada em várias cidades do Leste dos Estados Unidos, e tanto os jogadores quanto os torcedores estão enfrentando um desafio sem precedentes devido às altas temperaturas. O evento acontece em um clima escaldante, especialmente porque a programação dos jogos se dá em períodos de calor intenso, gerando bastante polêmica. Muitas pessoas estão acusando a FIFA de priorizar os interesses da transmissão televisiva, sem considerar adequadamente a saúde e a segurança dos jogadores.
Recentemente, as temperaturas no leste dos Estados Unidos dispararam, com Nova York registrando temperaturas acima de 37.8 graus, enquanto Filadélfia emitiu um alerta de calor extremo, recomendando que a população se mantenha hidratada e evite atividades físicas intensas ao ar livre. Apesar disso, a Copa do Mundo de Clubes continua a ser realizada em até 11 cidades americanas, especialmente em 8 delas na costa leste. O feedback vindo dos locais de competição é preocupante; por exemplo, o gigante do futebol alemão, Borussia Dortmund, compartilhou nas redes sociais que seus jogadores reservas foram obrigados a ficar no vestiário assistindo ao jogo devido ao calor extremo, ressaltando que essa experiência é sem precedentes. Aurélien Tchouaméni, do Real Madrid, afirmou que, apesar das condições desafiadoras, eles precisam se adaptar à realidade do jogo; enquanto Enrique do Paris Saint-Germain destacou que, embora o horário dos jogos seja ideal para o público europeu, é indiscutivelmente bastante difícil para os jogadores. O meio-campista Vitinha sentiu os efeitos do calor, precisando encontrar várias maneiras de recuperar a energia, e Llorente do Atlético de Madrid não hesitou em dizer que esse ambiente é realmente insuportável, assim como Weah da Juventus expressou preocupações sobre o impacto do calor na competição.
Durante a competição, apenas o Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, possui um telhado retrátil. No entanto, em 63 jogos, até 35 foram agendados para antes das 17h, e 15 deles começaram até ao meio-dia, forçando os jogadores a atuarem sob um sol escaldante. Relatos indicam que na partida do Borussia Dortmund a temperatura chegou a 32 graus, enquanto no jogo entre Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid, a temperatura chegou a quase 40 graus. Isso fez com que as equipes desenvolvessem estratégias adequadas, usando toalhas de gelo durante os intervalos para se refrescarem.
Os torcedores também enfrentam o mesmo desafio. De acordo com relatos da mídia, o tempo de espera nos quiosques de água ao redor do estádio pode chegar a 45 minutos. Com o transporte público nos Estados Unidos sendo complicado, muitos espectadores até desmaiaram no caminho para o estádio. Mesmo os torcedores brasileiros, que estão acostumados com altas temperaturas, expressam insatisfação com o horário atual das partidas. Em resposta a esse desafio do calor, a FIFA estabeleceu regras para pausas em momentos de calor extremo. Quando a temperatura ultrapassar 32 graus, os atletas terão de 90 segundos a 3 minutos de pausa para se reidratar e se resfriar. No entanto, acadêmicos questionam se essa referência de 32 graus não é muito alta e a FIFA indicou que ainda não existem evidências científicas que sustentem uma revisão dessa norma. Quanto aos pedidos para alterar o horário das partidas, a FIFA ainda não deu uma resposta clara, mas revelou que cada jogo pode ter até cinco substituições, com uma oportunidade adicional durante a prorrogação.



